segunda-feira, 20 de abril de 2009

Substância onírica do medo


Sábado eu fui visitar o Museu Oscar Niemeyer, para fins de preservação das obras o ar é condicionado ao frio, a iluminação é diferente em cada sala e as obras de arte tem o poder de entrar em sua alma, basta um olhar cauteloso por alguns segundos, e tais imagens jamais sairão de suas costas...


Perturbação


O que pensa quem faz um desenho que proposita atingir um sentimento inexplicável dentro de si? Ao caminhar pra cima, pra baixo, por baixo, por cima, pra baixo e de volta ao início, pude notar que a dor pode ser um caminho notório a se seguir, entre linhas tortas e expressões falhas, ou quando todos os detalhes certos nos levam ao caminho errado, como as projeções de nossa própria mente, ordenando tudo de forma a esconder o que nos falta, pra nos fazer querer o que não temos.


Tensão


O escuro, os fragmentos, uma luz vazia de rostos sem almas, uma emoção indefinida, um ir e vir sem volta, um jogar-se em si olhando pra fora, um sair de fora pra dentro, um enfrentamento, um tormento. A diversão de temer, e aos poucos perder a luz e afundar cada vez mais, cada vez mais simples, até que o escuro se torna claro e você quer voltar pro escuro.

Medo


O Frio, o ar gélido em meus pulmões, o arrepio extremo em todo o corpo, paralisia, não há mais cérebro que lhe salve de si mesmo, um instante que não passa, um coração que não bate, a escuridão que não cede, um acordar que prossegue..






:: Eu perguntei pra ela qual era o pior medo possível, e ela me mostrou, mais eu não tive medo, eu senti o medo, e sei que não devo temer o medo, pois o medo é meu, é a mim que ele serve ::


sábado, 11 de abril de 2009

Patético, não? Quantos anos tinha quem escreveu isso?

Aos povos que moram nessas ilhas
Algum dia ainda vamos nos encontrar.
Pois vou alçar velas.
Avançar pelo além mar
Olharei pra trás, pros que vierem.
Juntos ou não, vão estar.
E para frente, aonde aguarda impaciente.
O tesouro que eu vim buscar.

---Prelúdio de um prefácio inacabado---

Esta História é assim mesmo, eu escrevo, você lê, não tem mistérios, não tem imagens, muitas páginas, muitos fatos de fato, isso não é narrativa, nem poesia, é prosa no popular e não adianta reclamar, texto jornalístico, sem obstáculos e sem desafios, é um livro pra ser lido em mais de uma semana, e pra ser esquecido tão logo você o deixe, um livro sem coração e sem alma, sem alegria a não ser a minha, cuidado isso pode acabar com a sua vida, há um vírus escondido em cada linha, que você talvez não possa encontrar, mas que antes do fim desta palavra, já está mentindo, escondendo e fingindo. É pra ficar assim.





Não diga que eu não avisei.





Ofereço a mim mesmo e não aceito...

Foi pra mim que ele tinha sido feito,

Agora foi feito pro pleito

Que já tem outro eleito.





Não agradeço a ninguém,

Ele não merece isto tudo.

Mas se a culpa é de alguém

Então é a ele que eu culpo


E me desculpo.

A última peça.




...eventualmente, as peças do quebra cabeça se perdem, sem que você possa apreciar o sentimento inexplicávelmente ambíguo de ver o todo pronto.
Ou então o seu esforço é finalmente recompensado, com um aperto no peito, você venceu e agora?"


Será que eu devo comprar outro?